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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

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Do choro quando criança na Brasília do pai ao "sonho mágico": Rafael completa três meses de Botafogo

Em conversa com o ge, lateral lembra das primeiras memórias de torcedor e dá o mapa da mina para que o clube não sofra mais: "Aqui não tem estrela, a que tem é a do Botafogo, que brilha"


Por Davi Barros — Rio de Janeiro

08/12/2021 04h00 Atualizado há 5 horas






As lembranças mais marcantes da infância envolvendo o Botafogo são mistas. Uma boa e outra ruim. O título brasileiro de 1995, quando tinha cinco anos, é presente na cabeça principalmente pela euforia do pai, Zecão, mas naquela época Rafael ainda não era fissurado por futebol. Quatro anos depois, no auge da empolgação com o preto e o branco, ele e o irmão não conseguiram ver a partida na televisão e tiveram que sintonizar na Rádio Globo dentro da Brasília do pai. O choro de criança, sem entender como o time do coração não terminou campeão, foi inevitável.




Rafael comemora título da Série B pelo Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


A emoção com o time não se resume aos episódios da infância. Mesmo hoje, Rafael está eufórico com o "sonho mágico" que vive no Botafogo. Quer dizer, não necessariamente hoje, mas na estreia contra o Sampaio Corrêa, em 26 de setembro, sim. Tanto que achou que teria um "piripaque" dentro de campo mesmo sendo o jogador mais rodado do elenco, tendo chegado à final de Liga dos Campeões e sido titular numa final de Mundial.


- Eu lembro que entrei, dei uns bicos e comecei a correr tanto que eu mal conseguia respirar. Já não estava tão bem fisicamente, comecei a correr... Eu estava (suspira). Teve uma hora que eu achei que fosse morrer, na moral. Porque é uma tensão muito grande. Depois de tudo que eu vivi, mas a sensação é diferente, não vou mentir pra você. Eu amava muito jogar no Manchester e no Lyon, tinha um carinho pela torcida e ela comigo. Era uma relação muito legal. Mas jogar pelo seu time de coração mesmo é uma coisa diferente, falando a verdade. Foi diferente e está sendo, não vou mentir não.


A paixão pelo Botafogo vem do pai, aquele mesmo que Rafael lembra bem na comemoração do Brasileiro de 95. José Maria da Silva trabalhou como caseiro até os filhos se profissionalizarem no futebol. Zecão tem 70 anos, criou os filhos no Vale da Boa Esperança, em Petrópolis, e acompanhou quase todos os jogadores que estão nas paredes do Nilton Santos e em frente aos muros de General Severiano. Ele até jogou uma vez contra o principal expoente da mesma camisa usada pelo filho no Botafogo, Mané Garrincha.






























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Quarto episódio do Acesso Total mostra o começo da evolução do Botafogo na Série B


Quando criança, Rafael jogava junto do irmão gêmeo Fábio nas ruas de Petrópolis e com frequência usava o uniforme do clube do coração. Para quem vestiu tanto na infância, o número 7 não pesa hoje, mas é um privilégio. Tanto que se chegar alguém reivindicando a camisa, não há problema algum para ele em passar adiante.


- É uma responsabilidade grande, mesmo sendo só um número, mas é um número de vários ídolos que jogaram aqui. Acho que uma coisa que o torcedor e as pessoas têm que enxergar é que foi uma homenagem do Botafogo pela minha torcida, porque eu sou um torcedor. Lembro que quando cheguei algumas pessoas falavam que eu ia meter um monte de gol. Mas quem conhece minha história sabe que não faço muito gol. Sou um jogador mais técnico e até defensivo, eu diria. A torcida tem que entender que é uma homenagem.


Quem conversa com Rafael consegue perceber a empolgação quando o assunto é Botafogo. A fala do jogador de 31 anos é rápida, assim como o raciocínio, e às vezes escapa um palavrão ou outro sem querer - normal em qualquer pessoa nascida e criada no estado do Rio ao falar do time do coração.


Consciente das próprias limitações, Rafael chegou ao Botafogo sabendo que talvez não tivesse tantas chances nesta temporada. Seja por ter ficado alguns meses parado, ainda não estar na forma física ideal ou porque a concorrência não dava espaço. O lateral não teve qualquer problema em ficar no banco - até porque a ideia é prepará-lo para o ano que vem. Ainda assim, entrar em campo quatro vezes pelo clube não tem comparação com qualquer outra coisa que tenha vivido. Talvez por isso as palavras fujam na hora de explicar qual a sensação.


- É muito mágico. Porque quando eu era criança eu sonhava em jogar futebol. E se eu jogasse no Botafogo seria um sonho mágico. A primeira coisa que uma criança que ama futebol quer é jogar. Você nunca sabe onde. Por mais que eu fosse botafoguense, não é assim que acontece. Meu sonho era ser jogador. Então, eu virei jogador lá fora, e quando eu fui pra lá eu não imaginava que um dia pudesse voltar e jogar no Botafogo. É mágico, eu não tenho nem palavra pra descrever esse sentimento, ainda mais com o time voltando à Série A e campeão, está sendo maravilhoso.



Rafael vive sonho de vestir a camisa do Botafogo — Foto: Vitor Silva/Botafogo


Rafael ainda traz muita coisa dos tempos de Europa. Afinal, 13 dos 31 anos de vida foram lá. E, com o "melhor de todos", Alex Ferguson, técnico do Manchester United por 27 anos, aprendeu a se adaptar, ter humildade e trabalhar. Justamente por ter esse passado, ele sabe que é uma referência para o elenco e não tem problema algum em dizer isso.


Por ser botafoguense é possível que Rafael entenda muito bem qual é a realidade financeira do clube. Se não, pelo menos pôde ter uma noção melhor depois das conversas com o diretor de futebol Eduardo Freeland e o presidente Durcesio Mello. Tanto que disse para um torcedor no Twitter que receberia o grosso da sua remuneração quando o time estivesse de novo na Série A, e explicou um pouco mais agora.


- O combinado (de pagamento de salários) é que seria mais para o ano que vem. Claro que teve a luva, mas como eu estava livre é outra coisa. Eu conversei com o Freeland e com o Durcesio, eles me explicaram isso e entendi muito bem. Só faltavam três meses e fiz esse esforço para vir ao Botafogo, por isso acho que eles são gratos a mim. E, na real, eu sou grato ao Botafogo também por tudo que eles fizeram me acolhendo.


Mesmo quando estava na Turquia, Rafael acompanhava e sofria "muita coisa" com o Botafogo que jogava ano passado. Por mais que não estivesse no dia a dia na temporada em que o time foi rebaixado, a sensação que ele tem é que o clube tentou dar um passo maior do que as pernas ao contratar jogadores estrangeiros com histórico de Copa do Mundo. Na visão dele, a intenção de quem comandava o clube seria mostrar que o Bota estava de volta, mas no futebol não é tão simples assim.




























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Após a vitória sobre o Sampaio, Rafael saúda familiares e torcedores do Botafogo


Agora, é diferente. Com a ideia de ir crescendo pouco a pouco, Rafael acredita que Kanu e Carli sejam os principais líderes por terem uma identificação maior com o Botafogo. Se quando chegou ao clube a ambição era subir, agora é mudar um pouco o foco, mas não muito. Como o acesso e o título vieram com os pés no chão, a ideia é continuar dessa forma até que o clube retorne aos tempos gloriosos.


- Agora é manter essa mentalidade de quando eu cheguei. A Série A é mais difícil, sem dúvida nenhuma, e com certeza a gente vai reforçar. Mas é continuar jogando como jogador do Botafogo tem que jogar, com profissionalismo e personalidade. Isso que os jogadores do Botafogo precisam. É um fazendo pelo outro e buscando ajudar os companheiros. É a melhor forma de colocar o Botafogo de volta onde ele tem que estar.



"Aqui não tem estrela, a que tem é a do Botafogo, que brilha".






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